quarta-feira, 5 de agosto de 2015

um pouco de rebeldia..

Chega o mẽs de aniversário e começam a vir aqueles pensamentos sobre a idade, o que já fizemos, o que foi legal, o que foi ruim.. o que poderia ter sido melhor.. Sempre rola aquela deprezinha de "tô ficando velho"..

É normal, natural e chato pra caramba isso.. Afinal, fomos condicionados a cultuar a juventude e suas possibilidades infinitas de utilização do longo tempo que se tem a frente.. O único problema é que o tempo é contínuo e "não pára" como diria Cazuza né..

Sabe o que acho mais interessante nisso tudo? o fato de que com 36 pra 37 anos ainda no íntimo continuo me sentindo o guri que foi tirado da sala da pré-escola com duas professoras, segurando uma as mãos e outra os pés, de tanto que azucrinei aquela aula quando questiono a normalidade tacidamente aceita por muitos..

Apesar de mais velho ainda questiono os valores em que fui criado e, pasmem, fico preocupado com a falta deles nas gerações de hoje.. Contraditório? Não, hoje o adolescente que fazia perguntas desconcertantes na igreja apenas para criar a discussão tem um filho e pensa no tipo de futuro que está reservado à ele..

Aquele guri que curtia somente rock, metal de cabelos curtos, ao longo dos anos deixou a cabeleira crescer e descobriu no samba, no forró, no funk, no sertanejo e nas outras alternativas de música popular, fontes de entendimento da sociedade e seus movimentos.. De repente, lembrou que nada tinha a provar a ninguém e pediu ao amigo cabeleireiro que cortasse todo o cabelo.. A rebeldia havia retornado.. Nada mais tinha a provar aos outros..

E a tal rebeldia que, de fato, nunca o havia deixado o fez repensar e ver em seu pai um pedreiro aposentado, também rebelde que, aos 73 anos, numa conversa de sábado à noite lhe disse: ".. sabe Mateus, o homem precisa de uma mulher que mande nele, senão, ele vive mal e consegue nada.."..

 Simples assim..




Abraço!



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